PRIMEIROS PASSOS
Ao criar a minha primeira campanha de Masque of the Red Death (MRD) utilizei descaradamente como fonte de inspiração inicial a primeira minissérie da Liga dos Cavalheiros Extraordinários, de Alan Moore, que havia sido lançada recentemente.
Quando propus o jogo para o grupo, sugeri que cada um pensasse em interpretar um personagem da literatura vitoriana ou pulp, que seria adaptado pra mecânica de jogo. Cópia deslavada de Alan Moore mesmo! No entanto, o grupo acabou sendo formado de seguinte maneira: um personagem de quadrinhos adaptado pro cenário (Edward Strange), um personagem do cinema adaptado pro cenário (Mauran Fraser), um personagem criado especificamente pra campanha (Ivan Goratchim) e apenas um personagem verdadeiramente vitoriano (Robert Abberline). Você pode conferir mais detalhes sobre esses e outros personagens clicando aqui!
Detalhes: para a criação dos personagens, gosto de utilizar o seguinte método: os jogadores jogam 4d6 doze vezes, sempre desprezando o dado de menor valor, e ao final escolhem os seis melhores resultados para distribuírem entre os seus atributos básicos.
Para essa campanha em especial, como o cenário é bem mais mortal nos primeiros níveis, dei a cada um dos jogadores um “18 natural” para que utilizassem em um dos atributos. Essa também foi uma forma de justificar, no enredo, que aqueles indivíduos possuíam algo especial, motivando o interesse do Clube dos Exploradores.
Escolhido o “elenco” principal, e montadas as planilhas de personagem, o próximo passo seria reuni-los. Mais uma vez, me socorri de Alan Moore! Após uma pequena introdução do cenário (com algumas imagens e música ambiente) e uma curta cena com cada um dos personagens, todos receberam um convite para uma reunião no Clube dos Exploradores de Londres.
Durante a introdução eu havia ressaltado a importância, a exclusividade e o tom de mistério em torno dos clubes de cavalheiros da época, de forma a instigar a curiosidade dos jogadores.
Em linhas gerais, os jogadores são recrutados pelo Clube dos Exploradores para formar uma espécie de “força-tarefa” encarregada de investigar casos bizarros e sobrenaturais… especialmente localizar certos livros e textos antigos que o clube vinha tentando rastrear faz algum tempo. Fui intercalando aventuras dessa trama principal com outras que não tinham relação direta com isso, mas que ajudavam a ir amadurecendo os personagens, ou simplesmente porque achei que dariam aventuras divertidas de se jogar/mestrar.