Organizando uma campanha de
Masque of the Red Death
Minha primeira campanha como mestre de Masque of the Red Death foi por volta de 2005/2006, e na época já tinha uma certa limitação de tempo disponível para organizar e mestrar os jogos, então tive uma ideia que funcionou muito bem para mim e para o grupo, tanto que continuamos a proceder desta forma em todas as minhas campanhas como mestre.
Funciona mais ou menos assim: Procurei elaborar desde o início um esqueleto da campanha, ou seja, qual era a história principal que eu gostaria de contar… em linhas bem gerais mesmo, tentando apenas identificar quais seriam os pontos principais. A partir daí, dividi a campanha em atos (ou “temporadas” para utilizar a linguagem das séries de TV) e detalhava cada um destes atos apenas quando chegasse o momento certo.
Exemplificando: após organizar a ideia central da campanha e decidir ate que ponto da história deveria ser abordado na primeira “temporada”, eu detalhava a história até aí e jogava como grupo. Terminado o primeiro ato, suspendíamos os jogos por um intervalo de tempo suficiente para que eu pudesse desenvolver os detalhes da próxima “temporada” e incorporasse as tramas e conceitos introduzidos pelos jogadores durante os jogos. No nosso caso, jogávamos durante mais ou menos seis meses e fazíamos um intervalo de igual período. Usando essa sistemática, jogamos três “temporadas”… ou seja, aproximadamente 01 ano e meio de campanha, descontados os intervalos!
Outra coisa que alterei e funcionou muito bem foi a distribuição de pontos de experiência. Nunca fui muito fã de como se ganhava XP no sistema d20, então combinei com o grupo da seguinte forma: cada temporada de jogo seria dividida em quatro ou cinco capítulos e, ao final de cada capítulo, os personagens avançariam um nível, assim, no fim da temporada eles teriam avançado 5 níveis. Isso eliminou a necessidade de calcular XP ao fim de cada sessão e deixou os jogadores mais focados nas interpretações de seus personagens e na criação de subtramas.
A primeira temporada os levou do 1º ao 5º nível, a segunda do 6º ao 10º e a terceira do 11º ao 13º nível. Isso também facilitou no tocante à escolha dos antagonistas, pois o grupo progredia de maneira uniforme e assim era possível escolher com bastante antecedência quais seriam os próximos antagonistas, pois havia o esqueleto da campanha e o conhecimento prévio de que nível de poder os jogadores teriam a cada capítulo da mesma.
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