MORTON CHAPEL
No outono do ano de 1858 nasceu em Londres, capital do Império Britânico, Morton Ulisses Chapel, filho de Anise Morgan Chapel e Grant Abrahan Chapel. Anise era filha de um pequeno burguês londrino e Grant oficial dispensado após perder uma perna na Crimeia.
Morton viveu doze anos em Londres, em uma pequena casa com seus pais, sua infância foi normal, com uma mãe amorosa e um pai falador que regou sua tenra vida com histórias de bravura, companheirismo e nobreza, histórias de seu tempo no Exército Imperial.

Não tinham muito dinheiro, mas não eram pobres, seu pai recebia uma pensão do exército e sua mãe tinha uma pequena renda herdada da família de seu pai.
Estudou em um colégio militar e vivia sonhando com a vida descrita por seu pai.
Sempre fora grande, muito acima das outras crianças, possuía olhos felinos e uma mente que não esquecia nenhum detalhe do que via. Aos treze anos de idade, já com 1,70 m de altura foge de casa e se alista nas forças imperiais como se tivesse 16 anos, era o ano de 1871.
Em 1873 embarca para o Reino Ashanti na Costa do Ouro, África, como soldado do 42º Regimento, os Black Watch, sob ordem do Visconde de Wolseley.
A guerra não é nada do que seu pai havia descrito, as batalhas se desenrolam na selva, as mortes ocorrem em sua maioria não em batalhas mas sim em massacres, as cidades queimadas, nada é como havia imaginado.
Morton se mostra competente em missões solo de reconhecimento e em batalha, mas o que acaba destacando-o é sua capacidade de ver longe e lembrar tudo que viu. Após a última batalha da guerra Morton vê pela primeira vez coisas bizarras, não esta só, junto com ele encontra-se Henry Brackenbury*, ambos vêm criaturas fantasmagóricas andando por uma cidade em chamas, aquilo marcou Morton por muitos anos.
Morton ascende rapidamente ao pelotão diretamente comandado por Wolseley. Permanece na Costa do Ouro um ano, embarcando para Londres junto com seu batalhão. Ao chegar em Londres, é designado pelo Visconde a fazer parte, juntamente com Henry Brackenbury, do Secretariado de Guerra, seriam soldados do império só que para guerras mais sombrias, sujas.
Morton viajou meio mundo em missões para a Inteligência Militar, visita o Egito, o Afeganistão, a Índia, participa de várias batalhas, lutando na guerra Fengu-Gcaleka, 1877, África do Sul, Na guerra Anglo-Zulu, 1879, África do Sul, Segunda Guerra Anglo-Afegã, 1880, Afeganistão e da guerra Anglo-Egípcia de 1882.
Em 1882 é enviado a América. Wolseley quer um levantamento do poderio dos EUA e o que eles tem enfrentado, Morton chega a Nova York e se emprega na Pinkerton, algo facilmente conseguido devido a vasta experiência militar que possui. Passa a caçar criminosos a principio nas cidades da costa leste e a posteriori na fronteira onde acaba se envolvendo nas batalhas finais das guerras contra os indígenas dos EUA.

Em meados de 1883 é contatado por Richard Clayton um agente do EUA, Clayton contrata Morton e outros para resolverem um caso estranho, neste caso Morton tem contato com o sobrenatural de forma explicita e direta pela primeira vez.
Em 1884 conhece Madeleine Vahagen no mesmo dia em que se “desliga” do serviço do Império e se afasta de tudo de bizarro em sua vida. Após cinco anos casados, Morton mata sua esposa e foge com sua filha, no mesmo mês é capturado por Phillip juntamente com Angel Savage ambos a mando de Henry Brackenbury e Richard Clayton.
Savage tenta exorcizar Megan a pedido de Morton e na frente de Phillip, o exorcismo é impedido por Morton, que não suporta ver sua filha sofrendo. Morton interna sua filha em um hospital em Nova York após um ano tentando cura-la do estado catatônico em que se encontra.
Em 1890 Phillip o envia para Londres para que ele se “recupere.”
